Representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) participaram, nesta segunda-feira, 10, da reunião ampliada do Fórum de Combate ao Trabalho Infantil do Piauí. O evento aconteceu na sede do Ministério Público do Trabalho no Piauí e teve a participação de várias outras instituições e parceiros que trabalham com a temática.
A secretária da Semcaspi, Socorro Bento, que já fez parte da Comissão Municipal de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, falou sobre os problemas enfrentados e o que, aos poucos, está conseguindo para combater a questão em Teresina.
“O momento é esse de discussão, de ampliar. Dentro de Teresina a gente tem diversas formas de enfrentamento ao trabalho infantil. As crianças hoje têm os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Familiares para toda a família, não só para criança e para o adolescente, mas para o idoso, para a mãe, para o pai, então toda a família agora está inserida”, disse a secretária.
Rita Lemos, secretária executiva do Fórum Estadual do Combate ao Trabalho Infantil, disse que o evento é uma reunião ampliada com instituições e parceiros do Fórum. “Como o tema nacional fala há uma invisibilidade. Então, precisamos dar ciência a toda a sociedade desta invisibilidade. Este momento é de união para trabalhar ações para que, de fato, elas se tornem efetivas em todo o Piauí”, avalia.
Também estiveram presentes adolescentes que fazem parte do programa Oportunidade Jovem. O procurador Edno Carvalho Moura, do Ministério Público do Trabalho do Piauí, disse que o evento é fundamental, tendo em vista a série de dificuldades no enfrentamento ao trabalho infantil.
“Uma delas é exatamente a resistência da sociedade. Nós temos uma parte da sociedade que defende o trabalho infantil por uma razão e uma outra parte que defende por outra. Por exemplo, aquela parte que tem um poder econômico mais forte, ela defende o trabalho infantil como uma medida de segurança pública. Acreditando que o trabalho infantil vai evitar que as pessoas possam cometer crimes, principalmente as adolescentes mais pobres. Obviamente que isso nasce de um preconceito da sociedade. Uma outra, aquela que tem menos poder econômico, ela defende o trabalho infantil como uma forma de aumentar a renda daquela família. Então, nós temos uma mistura que favorece a disseminação do trabalho infantil. Eventos como esse vêm debater essas questões, trazer à tona, discutir, como é que a gente pode melhorar”, avalia o procurador.