Senadores do governo e da oposição consideraram acertada a decisão do Ministério de Minas e Energia de não permitir a volta do horário de verão. O ministro Alexandre Silveira afirmou que as condições climáticas melhoraram nas últimas semanas com as chuvas em diversos estados. O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (PT-AP), reforçou que a decisão foi técnica e não política. Já o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) argumentou que o adiantar dos relógios em uma hora prejudica os trabalhadores que moram nas periferias das grandes cidades.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou a possibilidade da volta do horário de verão neste ano. Recentemente, no entanto, o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia, recomendou a adoção da medida ao destacar a falta de chuvas e a seca no País. O ministro citou ações adotadas para minimizar as consequências da estiagem e alegou que a vigência do horário de verão a partir de novembro, devido ao segundo turno das eleições municipais no dia 27, não resultaria na economia esperada. O horário de verão vigorou ininterruptamente de 2008, no segundo mandato do presidente Lula, até 2018. E foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Bolsonaro. Segundo o ministro, no ano que vem será feita uma nova avaliação. O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, ressaltou que a decisão foi técnica e não política.
Contrário ao horário de verão, o senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará, afirmou que o adiantar dos relógios em uma hora não resulta em economia de energia. Segundo ele, a mudança nos relógios prejudica principalmente os trabalhadores que moram nas periferias das grandes cidades e precisam se deslocar ainda no escuro.
Segundo o ONS, o horário de verão poderia reduzir em até 2,9% a demanda máxima de energia nos horários de pico, o que resultaria numa economia de R$ 400 milhões pelo não acionamento das termétricas entre os meses de outubro e fevereiro. Pesquisa recente do Datafolha mostrou um empate de 47 % entre os entrevistados que apoiam e rejeitam a medida. Além da população em si, o adiantar dos relógios divide os diversos setores da economia. Favoráveis, os segmentos do comércio, turismo e lazer alegam que a luz natural ao final do dia estimula as pessoas a frequentarem o comércio. Já a indústria e o transporte aéreo citam dificuldades para esse ajuste. Da Rádio Senado, Hérica Christian.
Fonte: Rádio Senado